Poderiam explicar detalhadamente a operação de transporte e de veículos?

Para as montadoras, a racionalização de custos depende da programação e da integração sincronizada de todas as etapas do processo produtivo. Para que as montadoras produzam com o mínimo de capital empregado, é preciso que haja formação mínima de estoques, sincronizando o fornecimento de peças e equipamentos com o fluxo previsto da demanda por veículos novos.

Os veículos novos são faturados na modalidade CIF pela quase totalidade das montadoras. O frete e os custos do seguro são pagos pelas montadoras e são incorporados ao custo final dos veículos para concessionários e consumidores finais.

A partir do momento da encomenda de um lote de veículos por um concessionário à montadora, sua entrega deve ocorrer imediatamente, de forma a atender as expectativas do consumidor. A rapidez da entrega e nível de avarias do veículo são dois fatores importantes para o sucesso dos esforços de venda.

As concessionárias mantêm estoques pequenos de veículos novos. Dessa forma, grande parte desses estoques permanecem armazenados nos pátios das montadoras ou da Tegma. Estes são na sua maioria alugados (17 de 21). Dentro dos pátios Tegma, também se faz necessário alguns serviços de inspeção e adaptação de veículos antes da entrega para locadoras e concessionárias.

Enquanto alguns desses revendedores ou locadoras localizados nos maiores centros urbanos fazem pedidos de lotes maiores e com maior regularidade, permitindo em alguns casos embarques direto das montadoras.

Outros, localizados em cidades menores, o fazem esporadicamente e em lotes pequenos. A prontidão da entrega permanece como um atributo competitivo da mesma importância em todos casos. Dessa forma, se faz necessário a consolidação dos veículos de montadoras de uma mesma região em pátios da Tegma.

A consolidação consiste no transporte de veículos de diversas marcas em uma determinada rota embarcados no mesmo caminhão, reduzindo o tempo de espera e o custo médio por veículo.

A exportação de veículos é realizada até os portos ou via rodoviária para países do Mercosul.

O mix de caminhoneiros próprios (7%) e terceiros (93%) é em função da estratégia voltada à redução dos riscos associados a flutuações na demanda por serviços e à captura dos ganhos decorrentes da especialização adquirida pelos caminhoneiros com respeito a determinadas rotas.

Em razão de termos mais de mil caminhoneiros rodando pelas estradas do Brasil, temos desde 2007 um programa chamado Forte, direcionado ao treinamento, à comunicação e à prevenção de acidentes junto aos nossos caminhoneiros.