Tegma e Cruzeiro do Sul trazem mais R$ 1,5 bi em IPOs

Praticamente junto com a Logística Intermodal (Log-in), a Tegma Gestão Logística vai reforçar o time de um setor na Bovespa que até então tinha na América Latina Logística (ALL) uma representante solitária. O prazo de reserva de ações na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) começa hoje e vai até o dia 28. Já quem quiser participar do lançamento do Banco Cruzeiro do Sul terá de correr. As reservas vão só até amanhã. Em conjunto, as companhias podem movimentar até R$ 1,5 bilhão nos IPOs.

Com a venda inicial de 20,2 milhões de ações ordinárias (ON, com direito a voto), a Tegma vai colocar 30% do seu capital no mercado e poderá levantar cerca de R$ 590 milhões, considerando-se o intervalo de preços, de R$ 26,00 a R$ 32,00. Para o varejo, irá uma fatia de 10% a 15% do total da oferta, para compras a partir de R$ 5 mil. O início dos negócios está marcado para o dia 3, no Novo Mercado.

Enquanto a oferta da Log-In tem como apelo o fato de a empresa ser subsidiária da Vale do Rio Doce, a Tegma se apresenta como provedor logístico líder no transporte de veículos zero quilômetro (com 30% do mercado), atendendo as principais montadoras do país. No prospecto, cita General Motors, Volkswagen, Ford, Fiat, Toyota, Honda, Renault/Nissan e BMW, responsáveis por 94,1% das vendas de veículos novos em 2006. Isso quer dizer que as receitas operacionais da companhia estão concentradas nesse tipo de serviço (94,6% em março).

Com uma geração operacional de caixa anual de R$ 73,5 milhões, nem tudo que a Tegma captar vai para o seu caixa. Mais da metade da oferta é formada por papéis pertencentes a sócios pessoas físicas e à Coimex Trading, que vão reduzir a participação no negócio. A intenção é usar os R$ 265 milhões previstos com o aumento de capital na modernização da infra-estrutura e em aquisições. Desde 2001, a empresa adquiriu a Boni, a CLI e a P.D.I. e pode ter de fazer novas emissões ou elevar o endividamento para fazer outras compras.

Já o Cruzeiro do Sul engrossará a lista de bancos médios na bolsa, com uma oferta de 36,140 milhões de ações preferenciais (PN, sem voto), avaliadas entre R$ 13,50 e R$ 17,50. A oferta segue o receituário dos concorrentes: não havendo homologação do aumento do capital pelo Banco Central (BC) até a liquidação, a instituição entregará units, compostas por uma ação PN e dois recibos de subscrição. Para o varejo será destinada uma parcela de até 20% dos papéis, para compras a partir de R$ 3 mil.

Valor Econômico

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